Em janeiro desse ano a Xbox pegou todo mundo de surpresa com o anúncio de Hi-Fi Rush durante a Developer_Direct, não só pelo jogo ter sido guardado a sete chaves, mas também pelo seu lançamento ter ocorrido no mesmo dia, poucas horas depois do show.
O Anúncio surpreendeu a muitos também por ter vindo da Tango Gameworks, conhecida pelos títulos de terror da série The Evil Within e por apresentar um visual em desenho animado todo colorido.
Gráficos
Os gráficos apresentados em Hi-Fi Rush são de encher os olhos, com uma das melhores aplicações de cellshading vistas até hoje e uma animação em 2D que lembra desenhos animados dos anos 2000.
A mistura entre o 2D das cutscenes e o 3D do gameplay é feita com perfeição e não causa estranheza quando saímos de uma pra outra, apesar das diferenças de framerate. Enquanto as animações em 2D foram feitas em um framerate menor, o gameplay roda a 60fps e com uma performance que agrada bastante.
Performance e Gameplay
Hi-Fi Rush tem uma performance solida no Xbox Series X e em nenhum momento se nota quedas de fps, mesmo em situações pesadas com vários inimigos e explosões acontecendo simultaneamente.
A performance constante favorece bastante a gameplay rítmica do jogo, que encaixa com precisão em resposta as ações do jogador.
Em nenhum momento o combate ficou fora de ritmo ou os comandos não responderam na hora certa, tudo aconteceu exatamente como deveria e a resposta vinha no momento que a ação era executada, sempre encaixando perfeitamente no ritmo da música.
A parte de exploração do jogo também foi muito bem planejada e diversificada, com as habilidades de Chai e de seus amigos sendo utilizadas com frequência, seja pra prosseguir na história, ou alcançar certas áreas do mapa, fazendo com que nenhum personagem ou habilidade esteja ali por acaso, todos tem um propósito bem definido dentro da gameplay de Hi-Fi Rush.
Apesar da pegada rítmica, o jogo não pune o jogador por jogar fora do ritmo, e é perfeitamente possível ir até o fim do jogo sem acertar um ritmo sequer.
Existem alguns momentos onde é necessário que o jogador execute uma série de botões dentro do ritmo para prosseguir, mas o jogo oferece um modo de ações automáticas dentro do menu acessibilidade pra aqueles que não tem muita afinidade com ritmo.
A gameplay é melhor aproveitada quando jogada no ritmo, mas se isso não é a sua praia você ainda pode curtir Hi-Fi Rush como um jogo de ação mais tradicional.
História
A história de Hi-Fi Rush começa com Chai, um aspirante a estrela do rock que vai até o campus da gigante da tecnologia, Vandelay Technologies, para conseguir seu tão sonhado braço robótico, porém, após um acidente durante o processo de implante Chai acabou sendo unificado ao seu tocador de musica, dando origem a seus poderes rítmicos e fazendo com que a Vandelay o considerasse um defeito a ser descartado.
Os eventos se desenrolam a partir daí com a Vandelay mobilizando todas as suas forças para deter Chai, fazendo de tudo para impedi-lo de deixar o campus da empresa.
Durante a sua jornada, Chai encontra diversos amigos, ex-funcionários da Vandelay, que o ajudam a alcançar seus objetivos enquanto tentam fazer a empresa voltar a sua antiga glória, que havia sido destruída por Kale, o atual presidente da companhia.
Toda vez que Chai encontra um novo aliado, ele traz sua habilidade para o combate, auxiliando-o tanto na exploração quanto em batalha.
No decorrer da história, o jogador deve enfrentar os chefes dos mais diversos setores da empresa, do financeiro, ao maketing.
Cada chefe possui habilidades únicas e devem ser combatidos utilizando as também diversas habilidades que Chai adquire ao longo do caminho.
A história de Hi-Fi Rush é solida e sem furos de roteiro. O enredo tem uma pegada leve na maior parte do tempo e seu foco é na comédia de desenho animado, com exceção de alguns poucos momentos mais dramáticos.
Conclusão
Hi-Fi Rush é um dos poucos jogos que eu não tenho pontos negativos para listar, pois o jogo executa com perfeição tudo aquilo que se propõe a fazer.
A História e o gameplay se alinham perfeitamente e são apoiadas pela excelente performance do game nos consoles Xbox.
Hi-Fi Rush brilha no Xbox Series X|S e em todas as outras plataformas onde foi lançando, mostrando que mesmo sem gráficos ultrarrealistas e orçamentos milionários é possível fazer um jogo incrível e cheio de personalidade.
A nota, é claro, não podia ser diferente, afinal de contas Hi-Fi Rush é um jogo pra ninguém botar “defeito” (hehe).