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[OPINIÃO] Era tudo mentira... Jim Ryan mentiu para os reguladores

Eduardo Soares

Jim Ryan - Mentiroso Compulsivo

Já se passaram mais de um ano desde que a compra da Activision Blizzard pela Microsoft foi anunciada e essa novela ainda não acabou. E no mais recente capítulo dessa história temos Jim Ryan, presidente da Sony Interactive Entertainment, tentando de forma desesperada barrar a aquisição.

Jim Ryan está acostumado a mentir para os órgãos reguladores, é o que ele faz desde o início do processo da ABK. Por inúmeras vezes o chefe da SIE junto de seus advogados inventaram as mais diversas desculpas para tentar mostrar, sem sucesso, o quão perigosa a compra da Activision pela Microsoft pode ser para seus negócios. Vamos relembrar:

  • A Sony não pode sobreviver sem Call of Duty
  • O Lucro de Call of Duty financia o desenvolvimento dos títulos da Sony
  • Jogadores do PlayStation migrariam para ao Xbox por conta de Call of Duty
  • Microsoft tornaria Call of Duty exclusivo

Essas e muitas outras desculpas foram sendo derrubadas uma a uma, através dos fatos levantados pelos advogados da Microsoft. A principal delas é a história da exclusividade.

A Microsoft se comprometeu através de um contrato a oferecer Call of Duty no PlayStation por 10 anos, com o mesmo nível visto nos consoles Xbox. Valve, Nvidia e até mesmo a Nintendo já assinaram o acordo com a Microsoft, mas a Sony se recusa a aceitar a oferta, e o motivo é simples: Jim Ryan quer barrar a aquisição.

A informação vem de Lulu Cheng Meservey, CCO da Activision Blizzard, que divulgou em seu Twitter oficial que no dia 21 de Fevereiro, durante uma reunião fechada em Bruxelas, Jim Ryan disse não querer fazer acordo, apenas queria impedir a aquisição. De acordo com Lulu, as palavras exatas de Jim foram:

"Eu não quero um novo acordo por Call of Duty. Eu quero impedir essa aquisição"

Desde o início do processo a Sony vem levantando inúmeros problemas imaginários que poderiam prejudicar seus negócios caso a aquisição da ABK seja aprovada. Uma a uma a Microsoft foi ajustando o contrato para atender a todas as demandas da Sony, inclusive a adição de Call of Duty ao serviço PS Plus. Tudo em vão!

A estratégia da Sony era outra. A divisão PlayStation não estava preocupada com Call of Duty, ou com o fato da Microsoft supostamente tirar os jogos do seu console. A Sony apenas não quer ver o Xbox crescer.

O medo de perder a relevância é tão grande, que a empresa precisa recorrer a mentiras e subterfúgios para tentar barrar a aquisição a todo custo.

Um dos mais famosos discursos da Sony é que seus consoles são relevantes devido aos seus títulos first-party, os famosos exclusivos, e que o desenvolvimento desses títulos é financiado pelas vendas de Call of Duty na plataforma, por isso, sem Call of Duty a Sony não poderia competir.

Vamos aos números!

Abaixo temos uma lista com alguns dos títulos mais vendidos da PlayStation Studios:

  1. Marvel's Spider-man - 20 Milhões de cópias
  2. God of War (2018) - 19.5 Milhões de cópias
  3. Uncharted 4 - 16 milhões de cópias
  4. Horizon Zero Dawn - 10 milhões de cópias
  5. Days Gone - 8 milhões de cópias

Se estimarmos que cada cópia dessas foi vendida em seu preço cheio ($60), teremos os seguintes valores:

  1. Marvel's Spider-man - $ 1.200.000.000
  2. God of War (2018) - $ 1.170.000.000
  3. Uncharted 4 - $ 960.000.000
  4. Horizon Zero Dawn - $ 600.000.000
  5. Days Gone - $ 480.000.000

As vendas desses jogos possuem cifras bastante expressivas, a ponto de fazer pensar que se esses títulos não conseguem se pagar, o problema não é com Call of Duty. Fazendo as contas, são 4 bilhões e 410 milhões de dólares. (~ 22 bilhões de reais considerando 1 dolar = 5 reais) é mais que suficiente para financiar os projetos da Sony e render um bom lucro pra empresa, mesmo se considerarmos marketing e outros gastos.

Nós não vamos entrar aqui em todos os pontos deixados pela Sony, mas fica claro que os argumentos da empresa são facilmente refutados e não possuem embasamento. O único proposito da Sony é criar caos o suficiente para colocar os reguladores em dúvida quanto a aquisição.

E é claro, que se tratando de Jim Ryan, isso só poderia ser feito com ataques e mentiras ditas aos órgãos reguladores sem o menor pudor.

Em um episódio mais recente, a SIE sob a liderança de seu líder supremo, disse aos órgãos que a Microsoft poderia lançar versões incompletas de Call of Duty para os consoles PlayStation. Talvez o brilhante líder da PlayStation tenha esquecido o quanto desembolsou para deixar a versão de Hogwarts Legacy no Xbox inferior.

Sim, o chefe da Sony, que fez acordo com a própria Activision por Call of Duty por toda geração PS4, que comprou uma missão exclusiva em Hogwarts Legacy para o PS5 e que tirou Final Fantasy 7 Remake e Final Fantasy XVI dos consoles Xbox, está achando um absurdo que a Microsoft obtenha direitos sobre Call of Duty.

Durante todo esse processo eu não tenho visto problema da Microsoft manter os jogos da série Call of Duty nos consoles PlayStation, pois tenho amigos nos consoles da Sony que jogam a franquia, mas esses últimos acontecimentos me fizeram mudar de ideia.

A postura da Sony não está sendo de uma empresa séria, mas a de uma criança mimada que chora quando seu doce é tirado, e a arrogância de Jim Ryan o deixa cego, incapaz de enxergar o mal que está fazendo a própria empresa e aos jogadores da franquia.

Me desculpem meus amigos do PlayStation, mas espero que a Sony saia dessa aquisição com as mãos abanando, sem contrato, e sendo a única plataforma grande a não receber futuros títulos Call of Duty, quem sabe assim Jim Ryan para de se portar como uma criança de 3 anos e passe a agir como líder de uma grande corporação.